terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cidade muda

Vago, estático
Não existe nada a respeito
Tão longe as luzes se apagam
Tão tangivel é o vazio por onde passam

O relógio insiste em marcar
Mas o tempo que você precisa insiste em falhar
A cidade muda continua a zombar da sua sina
As sarjetas são o seu lugar em uma solitária esquina

O sono ja não existe mais
Entre prédios e becos doentes terminais
Escória um dia esquecida mas que insiste em incomodar
Sujando as ruas daqueles que tem alguma reputação para zelar

Matem os pobres,putas e viciados
E todo o lixo que vocês mesmos criaram
Escondam debaixo do tapete todos os seus pecados
O seu caráter sempre vale mais quando se é um dos privilegiados

Mas o vermes que um dia te sustentaram
Acabam sendo os mesmos que irão te corroer
Nas entranhas podres por tras dessa imagem respeitavel
Um acerto de contas inevitavel num jogo onde se esta sempre a correr

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