segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Uma caneta num dia de domingo

Esta na hora de pular da cama e ir fazer a maldita prova que assim como todas as provas nunca prova porra nenhuma. A primeira grande tarefa do dia é levantar no momento em que estava conseguindo ter algum sono e correr para o banheiro tomando um banho e em seguida pronto pra sair de casa tomar uma xícara de café pra ver se da pra aguentar o tranco e não apagar babando por cima da prova. Decido ir a pé com a convicção que ainda não estou tão fodido por causa dos meus excessos e que uma noite de sono perdida pra não ter um bom resultado seria algo que não poderia aceitar.As ruas de uma manhã de domnigo tão agradaveis e tranquilas quanto o seu maldito sol que parece entoar louvores ao tal deus que esta sendo louvado prontamente em qualquer nota de nossa moeda corrente, o real que sai do bolso dos fiéis e reverencia as igrejas sustentando o luxo de pastores malditos que numa hora dessas da manhã estão mentindo e berrando tirando o sossego de jovens estudantes insones(heheh) .Mas tudo bem,eu prossigo a minha jornada . Acendo um cigarro e apresso os passos e olho pro senhor fazendo cooper que passa tranquilamente com sua saúde invejável ao meu lado e logo me pergunto se realmente vou fazer 25 anos, não seria 85? tento esquecer e continuo e chego ao local e logo olho a lista pra saber qual será a minha sala. A 202 me aguardava e bastava acender outro cigarro e esperar. Mas percebi que tinha sido tapado o suficiente pra esquecer uma coisa tão crucial pra responder as questões que me esperavam. Tinha esquecido a caneta e por um momento pensei em ser sociável e pedir a alguém mas eu queria ir embora dormir e ser sociável definitivamente não estava nos meus planos. Ao lado estava uma uma xerox aberta e cheguei la e perguntei se tinham uma caneta pra vender. O senhor cordial olha pra mim e diz:

-Não vendemos mas eu vou ceder essa pra você.
Aquilo me salvou de travar algum contato na sala e prontamente agradeço ao homem que não hesita em desferir um golpe certeiro.
-São usadas mas você me da 1 real que eu lhe cedo a caneta. E ela tem mais um cheirinho de chiclete.
velho filho da puta! desde de quando se cede uma coisa e se tem que pagar pelo que é cedido?e ainda me vem com essa do chiclete. Eu la curto cheirar chiclete(e a caneta ainda tava falhando). Mas meu estado de lerdeza era tanto que nem questiono e entrego puto da vida a grana e caio fora indo pra sala logo me acomodo na última cadeira e olho pro pedaço de papel estúpido na minha frente e penso na minha cama. Respondo tudo prontamente com a mesma convicção que me levou da minha casa até aquela sala e saio mas não consigo nem sorrir de tanto sono, mas me sinto feliz em estar voltando pra casa. Só faltava uma coisa, que era o ônibus chegar. Moral da história? não existem mais senhores cordiais como antigamente, pois eles valem 1 real e tem uma grande vocação para abrir uma igreja que vai render muitos reais a mais. Meu ônibus chega e com ele mais números inclusive o da passagem. Algumas horas ainda acordado eu desabo vencido e com uma caneta com cheiro de chiclete no bolso.

4 comentários:

Polly . disse...

Pqp Igor
vai se fuder
vc escreve mto
eu adoro seus textos
tem uma visao de humor q eu me mato de rir
auhauiahaa
;*

geraldo_2022 disse...

é tem dias que é melhor a gente nem sair da cama mas nesse seu caso aí foi necessário ehehe, fazer o que hein? teve tb esse lance dacaneta com cheirinho de chiclete ehehe! o capitalismo fodeu com tudo meu véio!

Cla disse...

eu tinha caneta com cheiro de chiclete e caneta com varias cores tb!hehe
não se fazem mais velhinhos como antigamente!
legal o texto,bem alegre! =D

RABUJA disse...

ninguém merece fazer prova em pleno domingo e ainda pagar por uma caneta de chiclete riririr