terça-feira, 13 de julho de 2010

Adeus das juras cuspidas ao chão

O jarro com flores pobres e feias tinha uma beleza sincera demais pra ser questionada e num canto no chão ele parecia conter as únicas flores do mundo, a coisa mais rara seriamos capazes de imaginar estava ali num canto amaragando solidão. Em poucos minutos de quase conversa funebre evitada ao máximo se prolongar em constantes continuações dilacerantes chegamos a conclusão que nossos corpos não conseguem negar e num último anseio eles se perdem em desejos com mãos e linguas percorrendo o mapa extenso que os corpos podem se tornar. Os beijos em ofegante desespero abafam as lágrimas prestes a desabar e entrelaçando as vidas jogamos o que tinhamos num abismo frio e indiferente que tornou tudo tão distante...não foi mais um orgasmo, era o último e o mundo se fazia parecer desmoronar em sua cabeça e partilhando um triste sorriso estampado duas faces cansadas por dedicar ou pela falta da mesma devoção, aquela motivação que se segue nascendo dia apos dia não era mais pertence de duas pessoas e uma tinha que pagar por isso. O fato é que nunca fica a conta so pra um, todos pagam mas alguns se recusam a pagar o preço real que aquela sensação merecia. Os corpos livres das roupas jogados numa cama e os pensamentos perdidos num mar de isolamento e agora te restou a certeza que nenhum fim conseguiria ser tão belo e de todas as lembranças o adeus foi talvez a mais sincera...quem poderia evitar esse sufocante fim? nem o tempo num futuro distante conseguiria responder essa duvida perdida em algum ontem único como todos os que se passaram, mas qualquer como tudo que realmente se entrega despindo o desejo dos pudores falidos que limitam...limitam o único adeus que importa por doer quando não deveria, por vir de quem nem deveriamos dedicar tanto afeto, mas é real quando é o único adeus que importa...esse adeus nenhum deus vai me privar.

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