domingo, 5 de dezembro de 2010

Ofertas mortas na seção de mentiras

Tim Maia te disse que ela partiu e que nunca mais voltou
E quem quer saber do seu enfadonho tropeçar?
Procure uma forma diferente de se masturbar e ejacule na sua solidão
Ninguém tem tempo pra você
Tempo não se doa a ninguém

Distribuição gratuita se faz com o pente cheio de balas
Sabe quantas granadas me cuspiram e eu tive que engolir?
Tanto faz! todo mundo tem um terceiro Reich tramando ataques relâmpagos
Coca-cola e azia
Queimando o estomago em sufocante napalm
Você engole seco outro querer frustado

O natal vem vindo com suas luzes hipócritas
Pisquem e brilhem outro inferno em liquidação
Suguem toda a grana que pode prostituir minha dignidade
Sem dinheiro e com as cabeças violadas
Seguem deixando muito mais que alguns reais no caixa
Outra lobotomia bate com o sino pequenino de Belém
Enfia esse Deus menino de volta nessa puta virgem

Datas nunca me incomodaram tanto quanto o que as pessoas fazem com elas
Quer algo pra se lembrar? lembre do dia que a vida te tirou o seu melhor
Lembre de se sentir acuado e indefeso
Um completo palerma que precisaria de ajuda pra mastigar se lhe empurrassem comida
Pouco importa se não consegue digerir suas dores
Implore por seu tiro de misericórdia
Abrece seu papel de coitado que é o que parece ter lhe sobrado

Salas de espera me lembram o quanto as pessoas esperam das outras
Querem ser ou que você seja a pecinha de lego que falta pra montar o castelo
As ruínas são tuas então te vira pra organizar teus pedaços
A peça que te falta é bom senso pra chutar quem cruze seu caminho
As pessoas não merecem o melhor

Ninguém merece
Eu não mereço...

Sempre o mesmo papo furado sobre mérito
Faça por onde ter o merecimento de algo tão válido quanto seu nulo existir
Eu gargarejei dia desses o sangue que quase vomitei
Engoli tudo de volta como se fosse revigorar minhas forças
Eu gosto de piadas como essa
Quem sobrevive ao humor torna o mesmo banal
Um irrelevante sorriso amarelo que se força a se estampar na cara

Cara a tapa é rotina e outra queda te espera quando passar pela porta
Quem diria que alguém poderia se importar?
Tantos planos de saúde, igrejas e bancos oferecendo empréstimos
Eles querem sua eterna gratidão
Querem seu dever sendo herdado durante várias gerações
A maldição da culpa forçando as pessoas a terem dívidas homéricas

Quantas pessoas você tem que foder pra esquecer de amar?
Enfie seus sentimentos idiotas dentro desse limbo que você tem na cabeça
Suas lágrimas nostálgicas não vão ser ouvidas por ninguém
Quer romance e entrega na sua vida? a novela te oferece tudo isso sem causar dor

O baixo funkeado conduz em groove um lamento de vozeirão estrondoso
A bateria marca esse sincero pesar
Enquanto a guitarra se insinua sacana como se enfiasse libido nesse apelo
Quem voltou pros seus braços por isso?
Sua música só pode no máximo valer grana
Coisa que só parece ter algum valor

O sono e exaustão estão sempre acordados
Eles fazem companhia pra sua solidão de cigarros entupindo um cinzeiro
Quantas garrafas vazias guardadas no teu quarto
Cada uma se esvaziou com seus últimos goles
Os galos cantam zombando dos seus vícios e anunciam outra manhã que te agride
Nem são de briga mas se acham mais do que frangos gasguitas
Você pensa neles fritos e recheando seu prato e sonha com algumas cervejas


Uma cerveja poderia apagar o sol?
Quanta aguardente se consome para sarar as feridas?
Rios de vodka e vinho cruzam montanhas de cocaína
Mas quando vão apagar sua memória?
Fume todo fumo que puder
Até fazer Bob Marley parecer um moleque que só tava experimentando
Você realmente não se importa com esses caras, apesar de preferir o Dylan
E nenhum garoto de Liverpool assumiu suas chagas

Heróis e referências podem ser mais vivas do que esses cortes abertos?
Você sorri abrindo a faca os outros cortes que já estavam fechados

Gostaria mesmo de pegar esse revolver e carrega-lo com o seu futuro
Meter ele na sua cabeça e aproveitar a chance e meter o meu futuro também
Existe desperdício maior do que ser alguém amanhã?
Crinças são tão tolas mas onde estão as limitações de tempo e espaço?
Na sua cabeça adulta e responsável!
Responsável pelos alicerces de sua hipocrisia experiente

Sempre gostei de queijo do reino
Andei imaginando como seria bom encolher e explorar sozinho o reino desse queijo
Como um rato desses desenhos animados
Tom e Jerry são como Caim e Abel
Obsereve os dois casos e pense em como costumamos agir
Tem coisa mais humana que esfaquear seu irmão?
Queria ver seu corpo alagar a sala de sangue
Seria o melhor banho que eu poderia capaz de imaginar

Tem um garoto esquecido
que procura destruir os conceitos que encontra
Mas um dia ele sonhou uma bela história
Assim como você
Passado todo os dias que estão por vir
O fim se faz afirmação diariamente
Mas da lugar a um novo início
E agora o garoto pode voar
Até acordar com a cabeça estourada no chão

Acredite...crer não é fácil, mas ainda podemos tentar
Tente parar de mentir sua vida
Já é um bom começo
Apesar das opções mais fáceis
Nosso complicado viver não passa de uma tempestade que criamos em copos
Com água ou veneno
Aproveitem as ofertas da liquidação da vida
Quem sabe amanhã me sobre teu beijo desidratado

Um comentário:

Anônimo disse...

que rapaz carente. ahahaha
é verdade ninguém tem tempo. nem eu nem vc. tempo é dinheiro e quem não quer um pouco.

vc, eu, o papai noel e a mamãe também.

pois é começou o inferno comercial astral de santo cristo.
viva a democracia.

abracinho broto