sábado, 27 de fevereiro de 2010

Confissão

Sinto uma angustia que sufoca
me puxa pra baixo e me afoga
uma nausea e um frio que queima
toda uma historia em um desejo
toda sensação em um apego
e assim te revejo
revirando meu estomago
não por nojo
mas por urgência em saciar a fome
a fome que tenho de você
sugando todos os meus motivos
que se encontram em pandemonio
quando vejo que quem se vai
arranca do peito algo que ainda atrai
sutilezas do fim
num inicio de um termino que vale a pena lembrar
mas so lembrança enforca
atando as mãos que anseiam em desejar
as bocas que so querem se encontrar
os corpos que causavam tremores,incendios e maremotos
no mais prazeroso desatre natural visto pela humanidade
fica o fim com você longe de mim?
pode se dizer que é um inicio
de algo que eu não tinha interesse em começar
e todas as palavras e frases estupidas
idiotas por tentarem se explicar e explicar
so querem dizer uma coisa
e sei que entende bem o que querem dizer
ao menos deve lembrar
que um dia
ja sentiu
esse apreço
esse calor
que agrada mas também faz sofrer
um belo par
com olhos brilhando
mãos dadas
e qualquer lugar pela frente
mas talvez as coisas acabem quando o lugar
começa a importar demais
no meio de tantos devaneios e delirios reais
e das perguntas vazias desprovidas de respostas
a minha resposta ainda é você
e ainda gostaria que fosse por muito tempo

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Caça palavras

As ruas frias de 4 horas da manhã de algum ontem me fazem lembrar do medo que achei que nunca teria...revendo as cenas de flashs do cheiro na cama e todo o mapa do corpo que que me acompanhava na velha cama de solteiro quebrada e do cheiro de cigarro que abafava p quarto como num forno ms faz pensar em todas as dúvidas e todo aquele porém, todavia e essa coisa toda que insiste em quebrar o silêncio numa angustia solitaria que corroi o afeto. As cortinas ja não estão na janela mas o rancor também se foi a muito tempo e me pego a divagar sobra liberdade e tudo que fazia sozinho e não vejo carência ou medo da solidão mas perco em pensamentos destrutivos sobre a criação de um estranho sentido além dos 5 previsiveis e que eu partilhei durnte tanto tempo. As trocas e o que se aprender me levam a concluir que o medo nunca foi de ficar sozinho ou uma forma de mendigar a presença alheia que faz o seu sorrir, que nunca foi meu, provocar um sorriso sincero na minha face ja marcada por tantas descrenças. Os copos vazios e as garrafas abandonadas atestam os dias em que as horas se passavam sem que o tempo importasse e os filmes eram retratos de algo além do que queriam passar. Agora me encontro de cara com a privada vomitando alguma porcaria e lembro bem que muitos pessoas de diferentes crenças e opiniões dizem ser o vomitar uma limpeza,uma especie de desabafo do corpo e as vezes da alma e acho engraçado pois posso estar leve mas me sinto fraco,nauseado e ainda confuso, sinto desejo de ter sua pessoa do meu lado encarando aquela massa disforme junto comigo com se estivesse dizendo "to aqui" e em seguida dou a descarga e tento centrar o pensamento em alguma coisa que me lembre qualquer coisa que não me cause dor. A perda sempre foi perda mas algumas pessoas vão além de perdas que a vida se acha no direito de te tirar em funão do tempo a quem estamos destinados a tombar diante de seus caprichos egocentricos que nos traz a lembrança de que somos apensas erros, humanos em desencontro. Me pergunto se a confusão é so minha e sei a resposta mesmo não estando por perto e o suor frio e o estomago queimando me incomodam pouco quando lembro das perguntas dentro da minha cabeça e penso se amanhã a resposta vai ser você e quero com todas as forças que ainda tenho que seja porque sei de todas as camas que poderiam ser minhas por uma noite e sei de todos os corpos que poderiam estar preenchendo o meu colchão, tantos cadaveres vivos que poderiam dividir a noite comigo me tornando realmente solitario ao lado de gente que realmente não me importa mesmo que eu chegue a pensar que sim. Sei de outro alguém seja ele quem for ou quantos forem que poderiam estar contigo e poderiam te fazer bem ou não e poderiam ter respeito mas nunca seria o nosso estar junto, a cumplicidade de um sentir marginal que tantos "amigos" ou desconhecidos familiares ou mesmo estranhos conhecidos ja tentaram interferir e ferir. A pena sempre foi a morte ja diriam muitos poetas e canções que falam de dois ou um que sentem demais. A música seja raivosa,politica ou amarga sempre falou da mesma coisa mas todos estão ocupados demais negando o que sentem. Eu caio no erro de tentar porque é o que resta na vida quando as coisas nunca foram faceis pra você, pois as aberrações que nos tornamos ao longo dos anos aos olhos dos outros nada mais são do que o medo que existe em muitos. O fim não garante solidão de nenhuma das partes assim como não garante sorrisos sinceros, e quando se tem algo novo e não se sabe lidar com isso muitas vezes pensamos que não pode dar certo e que tentar seria perder tempo e so traria mais chagas na alma dos envolvidos e lembro do que fazia sozinho e era bom mas simplesmente gosto de dividir o que fazia e o que eu não gosto não faço por perto mas vejo que posso fazer sem que afete quem sou. Nunca deixamos de ser o que somos realmente mas apensas dividimos um possivel erro que foi muito bem acertado ou seria um acerto que foi errado com exatidão? nunca pode ser a última chance por mais que se pense que é o melhor pois a propria chance nunca teve um ultimato e por que teriamos um? porque a liberdade não se prende a um outro individuo? é uma escolha exercida no mais puro significado, e o receio de envolvimento ja é tarde demais pra fazer presença. A maior ira precisa do mais claro afeto e apego porque se esta desprovido disso não consegue a motivação pra explodir. Magoar?viva esta porra sem hesitar e faça o seu melhor e do seu jeito pois nunca poderiamos cobrar um do outro ser outra coisa além do que somos, errados,confusos,intolerantes e defeituosos como nunca poderiamos fugir.Dia desses vi um desses curtas doentios onde um cara enfiava o pau numa defunta e aquilo me trouxe um certo fascinio, não por me excitar com a cena mas por imaginar todas as possibilidades mortas que não poderiam mover nada diferente de tudo que ja movimentamos e aquilo me fez mais uma vez como tantas coisas tem feito ultimamente dar um valor a tantos detalhes que esquecemos e colocamos tantos talvez no lugar achando que sempre pode ser melhor de outro jeito e com outras pessoas e situações mas me pergunto, se fosse facil não teriamos nem começado? mas sempre foi simples como gostar de chocolate ou um pacote de doritos que é bom mas claro que tem seu incomodo pois gruda aquela porra laranja e grudenta na mão e você fica com aquele cheiro do salgadinho. Mas deve ser isso que se sente né? impregna na gente fazendo bem mas também podendo causar dor e gerando perguntas se não existe algo que poderia ser melhor, se não fosse assim não seria de verdade e estaria na capa na Caras ou em algum programa de fofoca pra se tornar publicidade pra estrelas decadentes. Todos se excitam por outras pessoas e pensam sobre outras pessoas e todo mundo é doente mas que passa pela cabeça nem sempre é o que queremos realmente, os fatos que constroem um bem estar autentico não se perdem em horas e horas de questionamentos pois são os questionamentos sobre que se perdem e tantam nos levar junto. Nunca quis a perfeição pois não tenho como prometer algo que não tenho e nem quero ter e a casa em frente pro mar e carrão na garagem são as maiores farsas dessa novela que tentam nos impor. Eu nem ao menos sei que palavras quero usar pra expressar o que queima dentro de mim, mas me sinto vivo assim e agora eu não sei mais o que pensar...talvez sozinho ou com outras pessoas eu viveria algo mais facil,não teria certas complicações mas so sei que o amor não é inerte e quando se quer e se tem a sensação inquieta se remexendo ele esta sempre em movimento com ou sem crise. Pra onde ele vai? pra quisermos e quando um cai e pensa em desistir o outro levanta mas se cairem separados quem vai levantar quem? e quem levantar não vai te meter uma bala? meu problema ou seria minha virtude é viver como se fosse o último dia? amar com um último tiro de misericordia em toda essa hipocrisia que muitas vezes nos faz acreditar que não podemos ou não temos o direito de viver algo assim de se entregar e se envolver e tentar pois eu sei agora que o amor é o maior foda se! e ele ainda tem muito coisa pra incomodar porque ele se explica por existir e nada mais e mesmo que se torne um flash nostalgico de ontem não tem como deixar de ser parte de você,tente esquecer,tente negar mas quer queira ou quer não ele vai te encarar e mesmo que esteja ferido vai te olhar e dizer "eu ainda estou vivo"


Ele deixou essa carta e logo depois sumiu e muitas vezes penso em como esta e onde estaria e as vezes sinto o cheiro de cigarro e vinho no quarto e vejo filmes bizarros e lembro das piadas e de tantas perguntas que um dia ja tive mas fico olhando pro nada e me perguntando se ele também sente o mesmo ainda e espero todos os dias um sinal de vida mas algo em mim diz que mesmo depois de tanto tempo tudo esta mais vivo do que eu imagino. As coisas nunca mais foram as mesmas depois de você. Ainda caço as palavras mesmo longe e assim como o que li não consigo achar nada certo e apenas amo.